Era o que Faltava
Temporada 3
Rui Cardoso
“O ótimo é amigo do bom e a rapidez pode ser inimiga do rigor. A vantagem é que a internet nos permite a atualização em tempo real”
Começou em engenharia, mas hoje é no jornalismo que brilha. Rui Cardoso veio ao Era o Que Faltava e falou ao pormenor sobre a Guerra na Ucrânia.
Enquanto jornalista, o convidado acredita que “O ótimo é amigo do bom e a rapidez pode ser inimiga do rigor”. Ao falar sobre as notícias que têm saído sobre a guerra, Rui Cardoso afirmou que “mais vale reduzir a notícia a três linhas com o que temos a certeza que aconteceu. A vantagem da internet é que nos permite a atualização contínua e em tempo real”.
Nesta conversa com o João Paulo Sousa e Com a Ana Martins, o jornalista também descomplicou o motivo da guerra e rapidamente resumiu o conflito: “Nós estamos a assistir em direto, ao vivo e a cores a um acontecimento que é tão marcante como foi a queda das Torres Gêmeas ou a queda do Muro de Berlim. O Putin começa esta conversa com uma exigência que em si mesma é razoável: a Rússia precisa de uma zona ‘tampão’ que a separe da NATO. Não há nada contra este argumento, é racional e pode ser discutido. O problema é que para forçar esta zona tampão, o Putin invade a Ucrânia, qual é o efeito prático disto tudo? Todos os países vizinhos da Rússia passaram a estrar de faca nos dentes e começou a olhar para o lado de lá como antigamente se olhava para a cortina de ferro”.
E como é que Rui Cardoso vê o desfecho da guerra? Assim: “Não é garantido que num prazo de duas semanas que não se caia na mesa das negociações e depende, nessa altura, quem leva mais trunfos para a mesa. Os trunfos são cidades conquistadas, eixos estratégicos dominantes, etc. Isso é que vai dominar a linha de cessar-fogo na Ucrânia”.